PRAIA, 07/04/14: O Dia Mundial da Saúde – 7 de Abril, celebrado este ano sob o lema: “Doenças transmitidas por Vectores : pequenas picadelas, grandes ameaças”, ficou marcado por visitas de trabalho efectuadas pela Ministra-Adjunta e da Saúde, Dra. Cristina Fontes Lima aos Centros de Saúde da Achada Santo António, Achada Grande Trás, Tira Chapéu e ao centro de saúde de Latada em São Pedro. 
A data ficou igualmente marcada em todas as ilhas do arquipélago, com actividades organizadas pelas delegacias e centros de saúde locais, designadamente palestras alusivas às doenças transmitidas por vectores, rastreio da glicemia, da tensão arterial e pêso, bem como informações sobre os cuidados de higiène no domícilio para o combate ao surgimento de vectores. Foram também distribuidos desdobráveis fornecidos pelo Centro Nacional de Desenvolvimento Sanitário - CNDS.
No decurso das visitas de saúde, a Ministra-Adjunta e da Saúde, acompanhada pelo Representante interino da Organização Mundial da Saúde (OMS), Dr. Ambrósio Disadidi e técnicos de ambas instituições, assistiram e participaram nas diferentes palestras, cuja tónica incidiu prioritáriamente sobre a dengue e o paludismo, que neste momento mais preocupam as autoridades sanitárias nacionais, sem no entanto se abster ou menosprezar as outras doenças causadas por outros vectores.
Como é do vosso conhecimento, os vetores tais como mosquitos, moscas, insetos e os carrapatos são potencialmente transmissores de diversas doenças tais como a malária, a dengue, a leishmaniose, doença de Lyme, febre amarela, doença de Chagas, algumas formas de encefalite, entre outras, que causam cerca de 1 milhão de mortes por ano.
A Ministra-Adjunta e da Saúde insistiu no projecto de eliminação do paludismo no horizonte 2020, mas advertiu às comunidades que a saúde só poderá alcançar bons resultados quando há participação recíproca e engajamento comunitário. Chamou a atenção dos responsáveis dos centros de saúde para a necessidade de reorganização dos serviços de saúde através da prevenção primária, de modo a que seja a “saúde” a ir ao encontro das comunidades. “Temos que fazer tudo para reforçar o trabalho nas comunidades e evitar as pessoas a deslocarem-se aos centros de saude”, afirmou.
A celebração do Dia Mundial da Saúde foi ocasião para a Ministra render homenagem a todos os profissionais da saúde, pelo prifissionalismo, dedicação e bom desempenho das suas funções. A Agente sanitária do centro de saúde de Tira Chapéu, a Senhora Maria Correia (foto em baixo), mais conhecida por “Santinha”, foi um exemplo desse reconhecimento, que também ficou marcado por um forte abraço e palavras dignificantes de reconhecimento por parte da Dra. Cristina Fontes Lima.
Esta visita de saúde permitiu à Ministra e ao Representante da OMS auscultarem o pulsar dessas instituições sanitárias e constactar, através dos seus responsáveis locais, que ainda existem algumas fragilidades, que como prometeu a Ministra Adjunta e da Saúde irão ser acolmatadas. Como forças, anunciou ainda para este ano 2014, o reforço em recursos humanos, em mais 40 enfermeiros, 21 médicos e 18 técnicos de saúde, o que irá contribuir grandemente para o melhoria da situação vigente.
O Representante da OMS a.i., Dr. Ambrósio Disadidi pôs a tónica das suas intervenções na mensagem do Director Regional da OMS, Dr. Luis Gomes Sambo sobre o tema da jornada: “Doenças transmitidas por vectores: pequenas picadelas, grandes ameaças”, chamando a atenção das comunidades locais para a ameaça que representa um grupo de doenças transmitidas por insectos ou outros vectores. Reconheceu também que o governo não pode fazer tudo e disse ser necessário a colaboração entre os profissionais da saúde e as comunidades.
O Dr. Disadidi falou das medidas preventivas que considera bastante simples mas importantes como, manter o nosso ambiente limpo e menos favorável à reprodução e sobrevivência dos vectores.
A termimar, recordamos que na sua mensagem por ocasião do Dia Mundial da Saúde, o Director Regional da OMS, Dr. Luis Gomes Sambo exorta os Estados-Membros da Região a, citamos “tomarem medidas concretas de promoção e protecção para prevenir as grandes ameaças causadas por pequenas picadelas. Como o sector da saúde não consegue por si só, evitar a proliferação dos vectores e das doenças que estes causam, é necessária a participação de outros sectores, como os do ambiente, agricultura e governos locais, na luta contra estas doenças. Apenas em conjunto poderemos acabar com o sofrimento e a morte causados pelas doenças transmitidas por vectores”, fim de citação.